quarta-feira, 25 de maio de 2011




Adorei a fala do professor. Eu, realmente, fiquei muito revoltada quando vi uma matéria no jornal sobre essa polêmica e a forma como as pessoas estão vendo o fato. Anseio pelo dia que as pessoas pararem de dizer que nós não sabemos falar, ou que falamos errado, ou que nossa gramática é errada. Todo falante nativo de português brasileiro domina com perfeição o português brasileiro. Todos nós possuímos uma gramática desenvolvida desde o momento que aprendemos a formar frases pra expressar nossas vontades, nossos medos e nossas travessuras ainda novinhos, nos primeiros anos. O grande problema é que o país ainda é muito despreparado, no quadro de professores de português, com relação às "novas" teorias e didáticas. Fico feliz que o quadro está mudando... Era de se esperar que introduzir a desmistificação de um "português correto" causasse tanta polêmica por aqueles que, cuturalmente, aprenderam que é errado falar " nós vai no banheiro". No entanto, é um preço justo a pagar se pensarmos que, dessa forma, daqui há alguns anos, pararemos de "matar" pessoas descontruindo toda sua vida com falas do tipo: você não sabe falar; Para de falar errado, menino!
São com essas atitudes que conseguimos destruir uma pessoa sem nem ao menos pecebermos. Fiquei extremamente feliz quando o professor lembrou do caso do francês, onde a marcação do plural é feita pelo pronome. Como ele bem disse, o francês está num estágio de evolução bem à frente do português brasileiro. Mas logo, a língua que usamos hoje, não será a usada. Pra comprovar é só pegarmos um livro escrito há alguns anos que veremos a diferença. A língua é viva, minha gente. E dessa forma, ela evolui. Vamos nos desprender dessa ilusão imposta pelos gramáticos defensores de uma língua lusitana de que falamos errado. Nosso português é brasileiro, não português! O português de Portugal, nunca foi o falado pelo povo brasileiro. Desde a colonização, esse portugues teve contato com línguas indígenas e, posteriormente, africanas, sofrendo influência de ambas e, consequentemente, criando uma nova língua, que vem mudando durante os séculos.